19. Imposto de Renda (correção da tabela): FHC, 17,50% em oito anos; Lula e Dilma, 78,30% em 12 anos

11/07/2015 | Brasil 1994/2014

Os tucanos são tremendos  caras de pau. Eles criticam a correção da tabela do Imposto de Renda e cobram a vinculação ao IPCA. O passado, como pode ser visto na tabela abaixo, condena os tucanos. 

25.jpg

Tucanos e as “medidas impopulares” contra assalariados

Nos oito anos em que os tucanos estiveram no governo, somente no último ano, em 2002, a tabela teve alguma correção. Vale ressaltar que o índice de 2002, de 17,5% foi no apagar das luzes do governo tucano e a sua repercussão mais forte foi nos anos seguintes nos governos Lula e Dilma. 

O congelamento da tabela do Imposto de Renda no governo FHC foi muito prejudicial aos trabalhadores, que perderam renda disponível para os seus gastos: muitos que eram isentos passaram a contribuir; quem já contribuía passou a contribuir sobre uma renda tributável maior; e perderam, sobretudo, aqueles cujas faixas salariais atingiam o limite da tributação, com a mudança de faixa e o acréscimo no imposto a pagar. Vale ressaltar que as políticas de FHC para os assalariados não se restringiram ao congelamento da tabela do Imposto de Renda, o governo tucano foi marcado também pelo elevado desemprego e compressão da renda. 

Os governos Lula e Dilma descongelaram a tabela do Imposto de Renda. Em doze anos de governo, a correção acumulada foi de 78,30%, ainda que um pouco abaixo da inflação do período. Mas trata-se de governos comprometidos com os assalariados, que colocaram o Brasil na rota do pleno emprego; que aceleraram, como poucas vezes na história, a renda dos assalariados e que valorizaram os sindicatos, que conseguiram os melhores acordos salariais em décadas. 

Autoria: A série “Brasil 1994/2014” é de autoria de José Prata Araújo, economista mineiro. Veja outros posts da série no site www.mariliacampos.com.br, seção “Brasil 1994/2014”.
 
caderno.jpg