25.Risco-Brasil: FHC, 1.446 pontos-base; Lula, 189 pontos e Dilma, 259 pontos-base. Risco-Brasil é risco tucano!

05/07/2015 | Brasil 1994/2014

Tratamos neste post do chamado Risco-Brasil. Os números falam por si. O Risco disparou no governo Fernando Henrique e veio muito para baixo nos governos Lula e Dilma. 

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Comentário do IPEA: “EMBI+ Risco-Brasil, Fonte: JP Morgan. O EMBI+ é um índice baseado nos bônus (títulos de dívida) emitidos pelos países emergentes. Mostra os retornos financeiros obtidos a cada dia por uma carteira selecionada de títulos desses países. A unidade de medida é o ponto-base. Dez pontos-base equivalem a um décimo de 1%. Os pontos mostram a diferença entre a taxa de retorno dos títulos de países emergentes e a oferecida por títulos emitidos pelo Tesouro americano. Essa diferença é o spread, ou o spread soberano. O EMBI+ foi criado para classificar somente países que apresentassem alto nível de risco segundo as agências de rating e que tivessem emitido títulos de valor mínimo de US$ 500 milhões, com prazo de ao menos 2,5 anos”. 

Como pode ser visto na tabela, o “Risco Brasil” é o “Risco tucano” da irresponsabilidade fiscal e do maior endividamento da história brasileira; da dolarização da dívida pública e das três falências do Brasil e de tantas outras mazelas nas finanças públicas. O Risco Brasil, no final de 2002, término do governo FHC, fechou em 1.446 pontos-base, depois de atingir o recorde histórico no final de setembro daquele ano com 2.436 pontos-base, contra apenas 189 pontos-base, em 2010, no final do governo Lula, e 259 pontos-base, em 2014, no final do primeiro governo Dilma Rousseff. 

Os tucanos debitam a disparada do Risco-Brasil, em 2002, ao que chamaram “Risco-Lula”. Mentira. Logo após as eleições de 1998 e em parte de 1999, com a crise dos asiáticos e da Rússia, primeiros meses do segundo governo FHC, o Risco-Brasil sempre esteve acima de 1.000 pontos-base.  Em 2001, com a crise da Argentina, o Risco-Brasil fechou em 863 pontos, mas ficou também parte do ano acima de 1.000 pontos-base. Nos governos Lula e Dilma, em épocas de eleição, em 2006, 2010, e 2014, o Risco-Brasil ficou na faixa de 200 pontos. O maior nível que deste indicador nos governos petistas foi em 463 pontos-base, em 2003, abaixo do menor indicador de FHC de 521 pontos, em 1997. Por isso, que o correto é qualificar o Risco-Brasil de “Risco-Tucano”. 

Autoria: A série “Brasil 1994/2014” é de autoria de José Prata Araújo, economista mineiro. Veja outros posts da série no site www.mariliacampos.com.br, seção “Brasil 1994/2014”.
 
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