
Educação infantil ganhou 2,520 milhões de novas matrículas em 14 anos, mas 686.386 crianças ainda estão fora da escola
O jornal Valor Econômico, de 24/09/2015, publicou uma importante reportagem sobre a educação no Brasil, com o título: “País ‘envelhece’ e ensino básico perde 5,1 milhões de alunos em 14 anos”. O grande destaque é o avanço da educação infantil: “Em 14 anos, o Brasil reduziu em cerca de 7,2 milhões o número de crianças e adolescentes matriculados no Ensino fundamental (6 a 15 anos de idade) das Escolas da rede pública e privada de Ensino. Ganhou, no entanto, 2,5 milhões de novas matrículas na Educação infantil (Creches e Pré-Escolas, para crianças de até 5 anos), e perdeu outras 360,9 mil no Ensino médio (15 a 18 anos). No saldo líquido, a Educação básica perdeu, entre 2000 e 2014, 5,1 milhões de Alunos, segundo dados do Censo Escolar do Ministério da Educação”. Veja a tabela a seguir.
Segundo o jornal, as mudanças que refletem o envelhecimento do país abrem espaço para se fixar um foco mais claro na qualidade da educação: “A mudança no fluxo Escolar abre espaço para que a gestão pública repense o modo de investir em Educação, realocando recursos com mais foco em qualidade. As prioridades, na visão de economistas e especialistas em Educação ouvidos pelo Valor, passam por ampliar a oferta de Ensino integral, selecionar melhores Professores e recuperar os milhares de Alunos que estão fora da Escola no país”.
Milhões de crianças e jovens ainda estão fora da escola
Mesmo com os avanços na educação, milhões de crianças e jovens ainda continuam fora da escola. Segundo os dados do Ministério da Educação, na educação infantil (4 e 5 anos), a cobertura é de 87,9% e são 686.386 crianças fora da escola. No ensino fundamental, a cobertura é quase universal de 98,3%, mas permanecem fora da escola 503.408 crianças e adolescentes. E, finalmente, no ensino médio, a cobertura é menor, de 83,3%, estando fora da escola um grande contingente de 1,674 milhão de jovens em todo o Brasil.