Marília Campos, quando prefeita, foi uma protagonista das obras de retirada dos esgotos da Pampulha. Veja vídeo de 2011

19/11/2015 | Meio ambiente

A deputada estadual Marília Campos, quando prefeita de Contagem, foi uma das protagonistas das obras de R$ 105 milhões que deverão resultar na retirada dos esgotos da Lagoa da Pampulha. 

Cerca de 56% da Bacia da Pampulha é em Contagem 

A Lagoa da Pampulha é em Belo Horizonte. Mas a Bacia da Pampulha é mais ampla. De toda a área que constitui a Bacia da Pampulha, uma parte menor de 44% pertence a Belo Horizonte e a maior parte de 56% pertence ao município de Contagem. Reside aí o maior defeito de todos os planos que buscaram despoluir a Lagoa, mas que não tomaram providências para despoluir toda a Bacia. Não tem jeito: afluentes poluídos redundarão em uma Lagoa poluída permanentemente. 

Pela primeira vez desde que a Lagoa foi construída, tivemos prefeitos(as) em Contagem que estão participando de forma ativa nas obras de despoluição da Bacia da Pampulha na parte pertencente ao município. A deputada Marília Campos, quando prefeita, foi quem liderou este processo em Contagem. Foi ela quem articulou uma parceria quadripartite inédita no Brasil, envolvendo as prefeituras de Contagem e Belo Horizonte e os governos do Estado (Copasa) e federal, que resultou, na liberação pelo governo federal de R$ 105 milhões para a realização de grandes obras de saneamento da Bacia da Pampulha. 

A deputada Marília Campos é uma entusiasta das articulações regionais para a solução de problemas comuns dos municípios nas áreas de transporte, saneamento, meio ambiente, segurança, saúde, etc. Como presidente da Comissão de Participação Popular, a petista participou ativamente dos Fóruns Regionais promovidos pelo governo Fernando Pimentel. E, na região metropolitana de Belo Horizonte, Marília vem utilizando toda a sua experiência como ex-prefeita de Contagem nas suas propostas de uma integração da região em torno de grandes temas, especialmente da mobilidade e do meio ambiente. Esta experiência de parcerias entre municípios, como no caso de Contagem e Belo Horizonte nas obras de R$ 105 milhões de saneamento da Bacia da Pampulha, vai ser uma das marcas da petista no seu mandato de quatro anos na Assembleia Legislativa de Minas. 

As obras de saneamento da Bacia da Pampulha em Contagem

Segundo a Copasa, o projeto é composto das seguintes obras: a) 8.602 ligações prediais de esgotos, que é a tubulação que tem a finalidade de interligar o imóvel (instalações sanitárias) à rede coletora de esgoto, desde o poço luminar, que é uma caixa de passagem situada no passeio do imóvel; b) construção de 45.644 metros de redes coletoras, que são tubulações que recebem as ligações domiciliares e têm a finalidade de coletar e transportar os esgotos sanitários coletados nos imóveis; c) implantação de 20.689 metros de redes de interceptores, que são tubulações que recebem as contribuições de esgoto coletadas e transportadas pelas redes coletoras, evitando o seu lançamento em córregos e lagoas, assim, os esgotos são direcionados para as Estações de Tratamento - ETEs que têm a finalidade de tratar os esgotos, retornando-os à natureza sem poluição, viabilizando a despoluição dos córregos; d) construção ainda 12.977 metros de obras complementares para proteção dos interceptores (drenagem e pavimentação principalmente). 

No projeto das obras, a Copasa informou ainda: “Para que o programa tenha eficácia, é necessária a participação das Prefeituras de Belo Horizonte e Contagem no trabalho de convencimento da população para adesão ao sistema de esgotos sanitários, já que a Copasa fará ramal interno para a população carente. Sem a ligação predial à rede coletora, os esgotos continuarão a poluir a Lagoa da Pampulha”.

Depois que Marília Campos deixou a Prefeitura de Contagem, em 2012, as obras continuaram na gestão do prefeito Carlin Moura, do PCdoB. Muitas obras, de fundos de vale, em andamento ou com Ordem de serviço no governo da petista – Avenida Nacional, Avenida Alterosas, Avenida Dois - tiveram continuidade e já foram inauguradas ou estão em estágio avançado. Já as obras executadas pela Copasa  - ligação de esgotos, implantação de interceptores de esgoto, etc - planejadas inicialmente, estão próximas de serem concluídas segundo a empresa.   

Este projeto de saneamento da Bacia da Pampulha precisa ser concluído, e, mais importante, é preciso garantir a efetiva ligação dos esgotos domésticos para que as obras tenham eficácia na despoluição da Lagoa da Pampulha. A Copasa afirma que necessidades pontuais de redes coletoras foram detectadas ao longo dos trabalhos e estas “necessidades pontuais” precisam também de soluções rápidas. 

O futuro da Lagoa depende da recuperação da Bacia da Pampulha 

Como temos alertado em nosso site, o processo de despoluição da Lagoa da Pampulha, em caráter definitivo, depende não somente da despoluição da Lagoa, mas da execução de obras e intervenções em toda a Bacia, que está localizada, em grande parte, na cidade de Contagem. São questões fundamentais para o futuro da Lagoa da Pampulha: a) a conclusão das obras de ligações de esgoto, bem como a sua efetivação em todas as residências; b) a garantia de tratamento de 100% dos esgotos da Bacia da Pampulha; c) a recuperação e preservação das mais de 500 nascentes em toda a Bacia; d) a redução drástica de todas as formas de sedimentos que chegam à Lagoa, através de campanhas educativas e medidas punitivas; e) a continuidade dos trabalhos permanentes de desassoreamento da Lagoa; f) consolidação de um ativo e atuante Comitê Gestor da Bacia da Pampulha. 

Veja um vídeo institucional da Prefeitura de Contagem, na gestão da prefeita Marília Campos, de lançamento das obras de despoluição da Bacia da Pampulha em Contagem: