Presidenta Dilma: Vale e BHP devem pagar por tragédia em Minas Gerais

14/11/2015 | Meio ambiente

A presidenta Dilma Rousseff visitou nesta semana áreas atingidas pela tragédia causada pela Samarco em Mariana, que sacrificou vidas; destruiu o povoado de Bento Rodrigues; e deixou um rastro de destruição por onde a lama passou, nos Estados de Minas Gerais e do Espírito Santo. 

Informa o site Brasil 247: “A presidente Dilma Rousseff pediu ao ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, que delegue à mineradora Samarco e suas controladoras, Vale e BHP, todos os custos para a recuperação das áreas atingidas pela tragédia causada em decorrência do rompimento de duas barragens no distrito de Bento Rodrigues, na região de Mariana, em Minas Gerais”.(...) “A aliados, Dilma tem dito que não é papel do governo federal assumir despesas de um acidente causado por empresas privadas, segundo reportagem dos jornalistas Marina Dias e Gustavo Uribe, da Folha de S. Paulo. A prefeitura de Mariana divulgou nesta quarta-feira que o prejuízo com a ruptura das duas barragens deverá ser R$ 100 milhões”. 

Continua o Brasil 247: “Ao The Wall Street Journal, a Vale, presidida por Murilo Ferreira, disse ser "mera acionista" da Samarco e ressaltou não ter nenhuma responsabilidade sobre o desastre ambiental e humano. "A Vale é apenas mera acionista da Samarco, sem qualquer interferência operacional na gestão da empresa, direta ou indiretamente, de perto ou à distância", declarou a empresa”.(...) “No entanto, a Vale, com 50% das ações, controla a Samarco, ao lado da BHP. Logo após o acidente, a companhia havia lamentado a tragédia e se colocado à disposição para prestar socorro às autoridades locais no resgate de vítimas e às famílias da região e funcionários da Samarco”. (...) “Wagner deverá organizar uma reunião, ainda nesta semana, entre representantes da mineradora e da Defesa Civil, além do Ministério da Integração Nacional, a fim de discutir os gastos com abastecimento de água nas cidades atingidas pela lama, entre outros assuntos. Os municípios devem apresentar os gastos para que a Samarco arque com todas as despesas”.

Não se deve aceitar a máxima do capitalismo no Brasil que é privatizar os lucros e estatizar os prejuízos. Todo o processo de atendimento mais imediato à população; a reconstrução das moradias e equipamentos públicos; a reparação dos danos ambientais devem ser assumidos pelas três mineradoras. E os responsáveis pelos crimes ambientais devem ser punidos.

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