Via Expressa BH/Contagem/Betim. Falta tudo: asfalto novo, sinalização, alças, passarelas, grades de proteção, iluminação e manutenção

12/09/2015 | Nossas cidades

Em uma excelente reportagem, o MGTV, com análises do especialista em trânsito, Osias Baptista Neto, mostra a situação de abandono da Via Expressa. Veja o texto e o vídeo. 

O MGTV, em uma ampla e longa reportagem, com análises in loco do especialista em trânsito, Osias Baptista Neto, mostra a situação dramática da Via Expressa BH/Contagem/Betim. Umas das vias de trânsito da Grande Belo Horizonte, a Via precisa de manutenção e de obras de toda natureza. 

A pavimentação está em péssimo estado e existem buracos em quase toda a via. A sinalização vertical e horizontal praticamente não existe e, quando existe, está quase invisível no asfalto ou escondida atrás de matagais. As barras de proteção que dividem as pistas estão, em grande parte, danificadas por batidas de carros. As passarelas são poucas e insuficientes. Falta articulação entre a Via Expressa e o Anel Rodoviário, não existem alças e a ligação das duas vias é feita por caminhos improvisados e perigosos.

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A manutenção e outras obras realizadas pelas prefeituras de Belo Horizonte, Contagem e Betim, de forma informal já que não existem acordos de cooperação delas com o governo do Estado, é precária. O mato toma conta, na maior parte do ano, dos canteiros centrais, das calçadas e ao longo das pistas, prejudicando a visibilidade dos motoristas e colocando em risco a vida dos pedestres que são obrigados a caminharem nas pistas de rolamento. Viadutos estão sem manutenção e estão deteriorando as suas estruturas de concreto. A iluminação é precária, o que amplia a insegurança dos moradores que residem próximo da Via Expressa.  

Via Expressa deve ser administrada pelo Estado e municípios

A Via Expressa Juscelino Kubitschek (conhecida simplesmente como "Via Expressa") - que liga o centro da capital mineira à cidade de Betim, atravessando boa parte do município de Contagem – foi construída pelo Estado e tem um percurso de aproximadamente 25 km com poucas interceptações, o que proporciona aos seus usuários um fluxo rápido. Segundo o especialista em trânsito, Osias Baptista Neto, a manutenção da Via Expressa é feita de forma improvisada pelos municípios, com remendos no asfalto, capina, operações tapa-buracos e instalações de semáforos. Algumas prefeituras utilizam a Via Expressa como forma de obtenção de receitas, com a instalação de câmeras para multar motoristas infratores. 

A Via Expressa deve ser municipalizada ou administrada conjuntamente pelo Estado e os municípios de Belo Horizonte, Contagem e Betim? Pelas dimensões desta Via – atravessa três municípios – e pela grandeza dos investimentos que terão que ser feitos futuramente, é questionável a sua municipalização pura e simples. Até porque fala-se na municipalização apenas para Contagem, o que poderá desarticular ainda mais o trânsito na Via. O ideal é que a Via Expressa permaneça sob a responsabilidade do Estado, que precisa fazer investimentos emergenciais, como na sinalização e até mesmo um grande recapeamento, e preparar projetos futuros de investimentos estratégicos – como no caso da construção de alças nos viadutos – e seja realizada uma parceria com os municípios para a manutenção básica, como a capina, iluminação, etc. 

Veja AQUI vídeo com a reportagem do MGTV: